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Humanidade em apuros ou novos parâmetros nas relações econômicas e sociais?


Infelizmente, a notícia não é boa para este começo de ano de 2018 - o ano que acabou de terminar é um dos mais quentes da história da humanidade desde a fase pré-industrial.

Segundo análise da Organização Mundial de Meteorologia (WMO), que considerou dados da NASA, dos serviços meteorológicos britânico e japonês e de um programa da União Europeia (Copérnico), está praticamente confirmada a identificação e a classificação de que 2017 é um dos anos mais quentes, desde que foram iniciados os registros.

Ainda segundo estes estudos, a elevação média da temperatura está na marca de 1,1ºC. Parece pouco, mas devemos lembrar que todos os esforços internacionais (reforçados no Acordo de Paris) estão em evitar que a temperatura média do planeta não se eleve acima dos 2ºC. E a saída é reduzir drasticamente a emissão de gases, como o dióxido de carbono.

O problema é que não reduzimos nem paramos as emissões - elas só crescem.

Veja o gráfico ao lado - ele ilustra exatamente isso.

Devemos lembrar que os gases e as moléculas emitidas hoje levarão alguns anos para que sejam eliminadas ou processadas pelo ambiente. Portanto, o que a humanidade já emitiu de gases de efeito estufa (GEE) ainda estarão ativos e contribuirão para o aumento da temperatura global.

Mas o que importa de fato é responder às perguntas: o que fazer? Como contribuir positivamente? Como deixar de fazer parte do "time dos problemas" e passar a jogar no "time das soluções"?

Muita gente tem essa dúvida. Quando se fala de sustentabilidade (em reuniões, palestras, cursos e eventos), muita gente sai destes encontros com a mesma questão: "A palestra foi ótima. Mas eu ainda tenho dúvida. Não sei o que devo fazer amanhã e depois de amanhã...".

Primeiro: não se afobe nem fique desestimulada/o - nada muda do dia para a noite.

Aproveite as dicas a seguir e vá mudando seus hábitos gradualmente.

1. Tente utilizar menos plástico. Seja na ida à padaria ou no mercado, evite as sacolas plásticas. Quer outra dica? EVITE (sim em letras maiúsculas) usar canudos plásticos descartáveis. Eles são um verdadeiro inferno - desde a produção até o descarte.

Você já deve saber, mas sempre é bom lembrar: o plástico é um dos subprodutos do petróleo, e sua produção é altamente poluente.

2. Experimente, conheça, estimule, divulgue e priorize (quase nessa ordem) fornecedores e produtores locais, próximos de onde você mora. A cadeia econômica de fornecimento de bens, produtos e serviços é mais racional e consistente (e menos impactante) se o ciclo for "curto".

Ou seja, menos transporte, menos uso de combustível, menor emissão, menores custos para todos e, portanto, preços mais acessíveis.

3. Amplie suas fronteiras, mas SEM utilizar algum veículo automotor - mude de rota, vá a pé ou de bicicleta ou de skate ou de andador, desça um ponto antes, vá pela rua de trás (ou do lado). Planeje suas rotas e a forma como vai se deslocar (diariamente e, também, em dias em que sua agenda é variável). Mas deixe o carro ou o ônibus em alguns momentos. O importante é fazer com que se reduzam as emissões de poluentes pelos veículos.

4. Olhe bem o preço e o produto. Veja onde é produzido, como, qual sua composição e o preço. E compare tudo isso. É óbvio que você não quer ser responsável pela manutenção de um trabalhador que está em situação de escravidão ou trabalha em condições precárias. Mas pense mais além: aquele produto é tóxico? ele vai poluir a água e o solo depois de você utilizá-lo? De onde vem? Para onde vai depois?

Na nossa vida corrida, um macarrão instantâneo (3 minutos tá pronto) é tudo que você quer pra comer quando chega a hora (?) do almoço ou no fim do dia. Você já leu a embalagem (aquela tabelinha cujo título é "Valores nutricionais")? Reparou (e entendeu) quanto de sódio (SAL) tem nesse produto?

Pois é - 50% da sua necessidade diária. METADE!!! Como você não comeu só isso, certamente estará com MUITO mais sal em seu corpo do que ele precisa.

Isso vale para as bolachas (ou biscoitos).

É barato? Sim.

É rápido? Sim.

É simples? Sim.

É gostoso? Se você acha que comer uma "bomba atômica" é gostoso, fique à vontade...

5. 70%!!!

Lembra das aulas na escola? Nosso corpo é composto por cerca de 70% de água!!!

Porque, então, a gente cuida tão mal dela?

Aproveite ao máximo: reutilize a água do banho na bacia sanitária, utilize a água da lavagem de roupas (na etapa do enxágue) para a limpeza do chão (da cozinha e dos banheiros), armazene água da chuva e utilize também na limpeza.

Dá pra fazer isso tranquilamente, não é mesmo?

Mas a dica a seguir é uma das mais importantes:

6. Fique atento aos políticos, aos empresários e às suas ações: não é só você e eu que temos de mudar nossos hábitos. ELES TAMBÉM PRECISAM MUDAR.

Mas somos você e eu que temos a capacidade de forçar essas mudanças.

Na nossa decisão - na hora do voto e e de ir às compras.

Senão, continuaremos a assistir os desastres climáticos, os incêndios florestais, as inundações, a escassez de água, e outros problemas.

Assistir?

Só uma última dica: estes problemas não estão muito longe - nem de você, nem de mim.


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